sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Foda

Janeiro já está pelas metades, dia 16, e eu finalmente cheguei a conclusão do que espero dele: nada.

E não que eu esteja desejando um ano sabático, não que eu queira deixar a vida me levar e nem estou numa fase leve na qual planos são limitadores. Estou mais para melancolicamente sem opções.

Em uma cena de filme seria assim:

Narrador: Então, ela parou para pensar nas pequenas e grandes coisas que desejava realizar no novo ano.

(Câmara foca Nela que faz cara de quem está pensando. Ela então faz um breve movimento como se tivesse tido uma ideia, mas sacode a cabeça negativamente e volta a pensar)

2015 promete?!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O "Sim?" e o "Sim!"

Você sempre chega atrasado ou com o pacote estragado. Não sei se você percebe, quase certo que não, mas esses encontros sempre abalam um pouco minhas certezas e as estruturas frágeis que vivo por tentar levantar.

Sou assim, não suporto ficar parada, preciso tentar. Há quem diga que devemos ter certeza para dizer sim, eu penso que preciso de certeza para dizer não. 

Nessa de dizer "sim" incertos, vou carregando um caminhão de "sim" equivocados. E isso é um problema? Não necessariamente! Eu acho apenas cansativo e talvez desgastante. Porém, fico pensando se me adaptei a jogar o "sim" incerto e passei a ter medo do "sim" verdadeiro. 

Pois mesmo você chegando atrasado ou quebradinho, sempre penso na possibilidade de lhe dizer sim, mas o medo e minhas desculpas sempre me fizeram optar pelo não.

Acabo de lançar mais um sim duvidoso, e você, como um cão farejador, reapareceu e balançou tudo, derrubando as pequenas, porém singelas certezas que eu estava trabalhando para levantar.

Agora, estou pensando na possibilidade de derrubar de vez a construção abalada e testar o que venho afastando há tanto tempo: você. Mas tenho medo... e até sei a causa dele.

Tenho convicção de que o sim para você seria verdadeiro e um medo terrível desse sim acabar não dando certo. 

Pois no fim, tenho força para suportar vários "sim" incertos e equivocados, mas não para suportar a dor de um sim verdadeiro dar errado.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Linhas sobre o filme "Boa Sorte"


Ainda estou tentando concluir se o problema do filme é o roteiro, Jorge Furtado e Pedro Furtado, a direção, Carolina Jabor, ou ainda ambos. Achei os diálogos pobres, o direção muito "certinha" e os coadjuvantes subutilizados. 

No fim, o filme fala um pouco de HIV, um pouco do vício em remédios e drogas, um pouco de depressão, um pouco de famílias problemáticas, um pouco de amor, um pouco de solidão... é muito um pouco para 90 e poucos minutos de filme.

Talvez por isso os comentários sobre a obra são basicamente: Deborah Secco perdeu dez quilos, Deborah Secco amou o projeto, Deborah Secco virou outra pessoa após o filme.... Acho que foi um bom filme para Deborah Secco... e só.

(mas o argumento é bonitinho, não há como negar)

(nada contra a Deborah Secco, acho uma linda)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Medo e similares

Há momentos na vida em que ficamos entre o medo de seguir em frente e a frustração de não sair do lugar.

Percebemos que o quê somos neste momento não agrada mais, mas temos medo de ir rumo ao desconhecido.

Isso pode acontecer em relação a vida afetiva, ao trabalho, aos estudos e a tantas outras questões que fazem parte da nossa vida.

E então? Tentar o diferente causa medo pois podemos frustrar a nós mesmos ou por que podemos frustrar os outros?


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A neura...

Sempre fui magra, sempre fui saudável, tirando a deficiência de ferro que controlo, sempre me alimentei bem e sempre gostei de praticar esportes, tudo isso sem sofrimento, rotina da minha vida. Por essas e outras, nunca pensei em dieta ou em academia para atingir uma meta física específica. 

Porém, de uns seis meses para cá, minha vida tranquila começou a tornar-se um quase inferno por conta de neuras, bombardeamento de informações e necessidade de pertencimento a um grupo. Não é segredo que vivemos em uma época de endeusamento e culto ao corpo "perfeito". Todos fazem dieta, todos têm rotina de exercícios, todos têm o suco da vez... eu não tinha nada disso.

Dessa forma, comecei a me sentir excluída. Em toda roda de conversa que os assuntos "fitness" entravam em pauta, eu dava minha opinião e em seguida escutava uma variação de "Ah Samara, você é magra.. por isso diz isso"... Sempre desqualificada, sempre de fora.

Comecei a não opinar mais, comecei a ficar calada, e deveria ter parado por aí, porém, comecei a criar metas "fitness" para minha vida. Faz um mês que comecei a prestar atenção na minha nova dinâmica em relação a balança, e fiquei bastante assustada.

Primeiro ponto, coloquei na cabeça que quero pesar X, sendo X um número aleatório, sendo que atualmente meu peso é bom. Resultado: se eu sempre me alimentei bem, e recebi um "ok!" do médico na avaliação dos resultados dos meus exames de sangue, agora estou regulando alimentação e sofrendo com um fantasma. 

Segundo ponto, decidi que quero ter barriga travada. Não pergunte como cheguei nisso, só sei que comecei a procurar defeito, e minha barriga, sendo sincera, retinha, não me agrada mais... quero definida...Resultado: sempre pratiquei exercícios, mas agora quero específicos, fico louca quando não vejo resultado, sofro com um fantasma.

Podem parecer questões simples, bobas, "coisa de gente magra que não sabe qual o sofrimento para manter o peso", mas percebi que isso é só o início de algo que pode ficar muito maior. Futuramente, eu poderia começar a ter uma ideia totalmente deformada do meu corpo, e, sendo  fatalista, poderia chegar até mesmo a um quadro de anorexia. 

Estou trabalhando para voltar a ter uma imagem positiva sobre meu corpo e lembrando que saúde é um conceito muito diferente do que vem sendo vendido. 

Esse desabafo é um pequeno alerta, não podemos deixar que nossa imagem seja (a)fundada em padrões. Não digo que é errado malhar, querer um corpo travado, mas esse não é um padrão obrigatório, não é o padrão de beleza, não é a "opção" saudável. Se esse padrão não lhe faz feliz, fuja dele.

O foco é ser feliz e fazer o que lhe faz bem. Faça um pequeno balanço e afaste de você os fantasmas que estão lhe assombrando. Na maioria da vezes, não passam de fantasmas e como bem sabemos fantasmas não existem.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Saudade

Já tive diversos blogs. Nenhum fez sucesso, nenhum garantiu renda, nenhum esteve no top "qualquer coisa", mas, por algum motivo, eu gosto de ter blog.

Por conta de tudo isso, abri um novo espaço para escrever...

vejamos o que acontecerá nos próximos dias.


Ps: Lembrar de apagar este post assim que alguém, além de mim, entrar neste domínio.... Sendo super positiva.